sábado

Procura-se um estadista
por Roberta Paduan
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Os três candidatos à presidência da República, Dilma Rousseff, José Serra e Marina Silva, deram uma prova do pouco compromisso que possuem com os rumos do país que pretendem governar. Nas últimas 24 horas, os três recusaram o convite do Movimento Brasil Eficiente (MBE) para discutir como melhorar o sistema tributário brasileiro. O desapontamento com a recusa dos candidatos nada tem a ver com quem promoveria o evento em 2 de setembro — no caso, o recém-nascido MBE, criado por 70 entidades empresariais e da sociedade civil, como a Ordem dos Advogados do Brasil. Tem a ver com o descaso dos três com um sistema que, no ano passado, cobrou quase 1,2 trilhão de reais de cidadãos e empresas, sem dar em troca boas escolas, hospitais ou segurança. Tudo indica que o evento seria de alto nível. Em vez de debate, cada candidato exporia seus planos para o tema, em horários diferentes. Depois, cada um discutiria a proposta do MBE elaborada por dois economistas de estatura: Paulo Rabello de Castro, doutor pela Universidade de Chicago, e Raul Velloso, doutor pela Universidade de Yale. Os dois estariam entre os interlocutores dos presidenciáveis.
Tudo bem que praticamente toda a população mundial ache a discussão sobre impostos uma tremenda chatice. É chato, mas também é um dos nós mais difíceis e necessários de ser desatados para que o Brasil consiga vencer a rebentação do subdesenvolvimento e atinja o patamar de bem estar social de nações desenvolvidas. Qualquer candidato que se preze deveria ter na ponta da língua um plano sobre como melhorar o sistema tributário do país. Não têm. É claro que o clima de “já ganhou”, dado o avanço de Dilma Rousseff nas pesquisas, ofuscou os próximos eventos e desanimou os demais postulantes. De qualquer forma, convém tratar melhor a democracia. É nesse momento que todos deveriam estar discutindo o futuro do país. Não estão. A plaquinha “Procura-se um estadista” continuará pendurada pelos próximos quatro anos.
quinta-feira, 26 de agosto de 2010 - 21:31
Tags: Dilma Rousseff, Impostos, José Serra, Marina Silva, MBE
NOTA DO MBE
CANCELAMENTO DE DEBATE COM OS PRESIDENCIÁVEIS

A surpreendente e rápida evolução do cenário eleitoral, apontando possível vitória para um candidato em primeiro turno, provocou o recuo na participação de Dilma Rousseff (PT), José Serra (PSDB) e Marina Silva (PV) de participar do evento "A sociedade Conversa com os Presidenciáveis", marcado para o dia 2 de setembro, no Teatro Raul Cortez, da Fecomercio, em São Paulo. A atitude descompromissada dos candidatos que leva a não ocorrência do debate, fortalece uma visão predominante no sistema político brasileiro que se recusa a discutir temas importantes, não consensuais, mas que requerem uma solução política. Desta forma, a coordenação do MBE lamenta a não realização do encontro com os presidenciáveis.

O evento foi concebido e montado pelo Movimento Brasil Eficiente (MBE) como forma de proporcionar aos candidatos as condições para a realização de um debate direto e aprofundado sobre temas tão importantes como dar transparência à carga de impostos nos preços de produtos e serviços, reduzir essa carga tributária, que hoje beira os 40% do PIB, para 30% em até dez anos, e exercer maior fiscalização dos gastos correntes da União através de uma Secretaria Nacional da Despesa Pública.

O MBE reúne representantes da sociedade civil brasileira em entidades que respondem por quase 90% do Produto Interno Bruto (PIB) do país e pela maioria absoluta dos empregos, inclusive nas pequenas e médias empresas. Assim o MBE pretende, entregar a todos os candidatos a versão publicada em livro do estudo Diagnóstico Fiscal Brasileiro: Proposta de Ação, assinado pelos economistas Paulo Rabello de Castro e Raul Velloso. A versão eletrônica do documento já está pronta desde o lançamento do MBE em 20 de julho, tendo sido entregue uma cópia a cada representante dos candidatos naquela oportunidade. O Diagnóstico também será enviado pelas entidades participantes do MBE a todos os parlamentares, a fim de se estimular a formação de uma bancada em prol de um “Brasil mais Eficiente”.

O Diagnóstico e outros documentos podem ser acessados no site do MBE

www.brasileficiente.org.br

quarta-feira

Carga tributária é alta para 95% da população, diz Firjan

http://www.oreporter.com/detalhes.php?id=24818

Firjan lança pesquisa sobre tributos no Brasil

Firjan lança pesquisa sobre tributos no Brasil : http://www.jornaldaenseada.com.br/index.php?main=enseada&id_news=2731

COMUNICAÇÃO DO MOVIMENTO BRASIL EFICIENTE A PARTIR DE HOJE .

Informações para a imprensa:
Elaine Silva (elaine@massmedia.com.br)
Ivson Queiroz (ivson@massmedia.com.br)
MassMedia
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Brooklin | São Paulo-SP |+55 | 11 | 5102-3999

segunda-feira

País ficará estagnado em ranking de renda
Brasil será a 5ª maior economia até 2032, mas continuará na 47ª posição em PIB per capita, diz Goldman Sachs

Peso do país no PIB mundial não mudará em 20 anos, diz EIU; economistas culpam baixa produtividade

ÉRICA FRAGA
SÃO PAULO

Entre 2009 e 2032, o Brasil terá saltado da oitava para a quinta posição no ranking de maiores economias do mundo. Mas, em termos de renda per capita, o país permanecerá estagnado na 47ª posição em uma lista de 73 nações.
As projeções são do banco Goldman Sachs, que inventou o acrônimo Bric (Brasil, Rússia, Índia e China). 2032 é o ano em que a instituição prevê que, somadas, as economias dos Brics (no cálculo em dólares) alcançarão as do G7 (EUA, Reino Unido, Japão, Itália, Alemanha, França e Canadá).
A renda per capita é uma medida da riqueza e nível de desenvolvimento de uma nação, resultado da divisão do PIB (Produto Interno Bruto) pelo total de habitantes.
Em termos absolutos, o Goldman Sachs prevê um forte aumento no PIB per capita brasileiro (em dólares), que quase triplicará, alcançando US$ 21 mil em 2032.
Mas outros emergentes darão saltos maiores. Os destaques são algumas nações do Leste Europeu -principalmente devido à tendência de encolhimento de suas populações- e da Ásia.

CHINA
No caso da China, por exemplo, o PIB per capita crescerá cerca de seis vezes e encostará no brasileiro, levando o país a saltar da 56ª para a 48ª posição. Entre os demais Brics, a Rússia avançará cinco posições, e a Índia, apenas uma no ranking de renda per capita.
Saltos de produtividade são a chave para que países como Brasil e Índia, cujas populações continuarão a crescer a taxas elevadas, atinjam ritmo de crescimento suficiente para levar a expansão mais significativa de suas rendas per capita.
Mas, segundo o economista Eduardo Giannetti da Fonseca, professor do Insper (Instituto de Ensino e Pesquisa), o Brasil está longe de trilhar esse caminho.
Produtividade é uma medida de eficiência da economia. Fatores como a quantidade e a qualidade do capital físico (como máquinas e equipamentos) e humano e a eficiência como eles são utilizados ajudam a explicar o ritmo de avanço da produtividade.

BAIXO INVESTIMENTO
No Brasil, os investimentos na formação de capital físico seguem muito baixos, equivalentes a cerca de 18% do PIB, ante mais de 45% na China, 28,7% em Cingapura e pouco mais de 20% na média da América Latina.
Além disso, a qualidade da educação ainda é baixa.
"Há uma medida da qualidade do capital humano que são os testes de aprendizado internacional. Assim como o Brasil fica mal na foto em termos de capital físico, fica muito mal também quando participa de testes de aprendizado em todos os níveis escolares", diz Giannetti.
Robert Wood, analista sênior da EIU (Economist Intelligence Unit), prevê que o Brasil crescerá a uma taxa média de 4,2% entre 2011 e 2030, quase o dobro dos 2,4% registrados entre 1981 e 2009. Ainda assim, diz ele, a economia brasileira manterá seu peso no PIB mundial estagnado em cerca de 3,3%.
A EIU tem projeções similares às do Goldman Sachs para a evolução da renda brasileira. Entre 2009 e 2030, o Brasil terá avanço modesto tanto no ranking de PIB per capita em dólares como em paridade do poder de compra (PPC, que ajusta os valores absolutos do PIB de acordo com o custo de vida em cada país) da consultoria, saltando da 47ª para a 46ª no primeiro caso e da 57ª para a 55ª no segundo.
Comentário: Logicamente, tais projeções são baseadas no desempenho recente da economia do país e na manutenção do atual quadro letárgico existente, no que se refere aos gargalos de infraestrutura, baixa escolaridade e, sobretudo, à ausência de reformas estruturantes (fiscal/tributária, previdenciária, trabalhista, política), cuja implementação possa oxigenar o ambiente de negócios do país, tornando-o menos hostil à reprodução e aumento da produtividade do capital. Além disso, para que o país otimize o aproveitamento da janela de oportunidade demográfica que se abre daqui até 2030, período no qual a maior parte da população está e estará em idade produtiva é necessário que ao longo da próxima década o Brasil dê um salto educacional aos moldes daquele ocorrido na Coréia do Sul especialmente na década de 80', de forma a que, através de um maior grau de escolaridade (de qualidade), possa haver qualificação e capacitação dos trabalhadores, condição sine qua non para o avanço da produtividade médio do fator trabalho. Agora, com certeza, não será com a reprodução e profusão de políticas meramente assistencialistas tais como aquelas que vem sendo executadas e o pior, prometidas na atual campanha presidencial pelo 2 principais candidatos, que conseguiremos mudar o atual e nefasto rumo das projeções macroeconômicas de longo prazo. Mais do que nunca, o Brasil precisará ao longo dos próximos anos ser governardo pela visão, planejamento e execução de um estadista e não de um estatizante. Aliás, em relação as reformas é bom que se diga: Ou o próximo (a) Presidente (a) juntamente com o Congresso Nacional que sair das urnas em 3 de outubro, apresentam, discutam e aprovam as reformas no primeiro ano de mandato aproveitando-se do capital político valorizado, ou então, bye, bye reformas, mais uma vez...
Forte abraço,
Marco Túlio Kalil Ferreyro

sexta-feira

A SOCIEDADE CONVERSA COM OS PRESIDENCIÁVEIS

MBE defende redução da carga tributária e convida presidenciáveis para discutir propostas

Estudo produzido pelos economistas Paulo Rabello de Castro e Raul Velloso indica que a carga tributária pode ser reduzida, em dez anos, de 40% para 30% do PIB brasileiro

O Movimento Brasil Eficiente (MBE), que reúne representantes da sociedade civil brasileira e mais de 60 entidades de diversos setores da economia, que respondem por quase 90% do Produto Interno Bruto (PIB) do país e pela maioria absoluta dos empregos, inclusive nas pequenas e médias empresas, promove, no dia 2 de setembro, o encontro “A sociedade conversa com os presidenciáveis”. O evento é uma das ações do movimento, que também desenvolveu o estudo Diagnóstico Fiscal Brasileiro: Proposta de Ação, assinado pelos economistas Paulo Rabello de Castro e Raul Velloso, que aponta a carga tributária brasileira, hoje em torno dos 40%, tendo condições de cair para 30% do PIB, em dez anos, garantindo o crescimento sustentado da economia na média de 6% ao ano, sem ameaçar o controle da inflação.

Para atingir essas metas, o MBE considera imprescindível uma atuação dos próximos governos no sentido de: 1) dar total transparência à incidência dos impostos sobre os produtos e serviços; 2) reduzir a carga tributária, hoje em torno dos 40%, para 30% do PIB, com a aprovação de lei que fixe essa meta (um “Copom Fiscal”), a ser atingida em dez anos; 3) criar a Secretaria Nacional de Despesa Pública, com o objetivo de fiscalizar e controlar de modo inteligente os gastos correntes da União.

O encontro com os presidenciáveis terá um formato diferente dos debates tradicionais. Os candidatos não se enfrentarão diretamente. Ao invés disso, terão, cada um, dez minutos para apresentar seu plano de governo na questão fiscal. Em seguida, durante 40 minutos, responderão a perguntas de representantes das entidades que apoiam o MBE e outras encaminhadas pela internet, desde que estejam relacionadas ao tema fiscal e tributário.

Para Paulo Rabello de Castro, diretor do Instituto Atlântico – entidade apartidária que visa influir no aperfeiçoamento das políticas públicas de forma prática – uma completa reformulação da atual estrutura tributária e nos gastos correntes é urgente e pode definir o rumo do país nos próximos anos. Por isso, a participação dos candidatos nesta sabatina é de extrema importância. “Se as medidas propostas pelo Movimento Brasil Eficiente forem concretizadas, seguramente teremos um crescimento econômico exponencial nos próximos anos. Quero dizer, a sociedade ganhará um PIB a mais de bônus, até 2030, se adotar a lei do Brasil Eficiente”.





AGENDA

“A sociedade conversa com os presidenciáveis”
Dia: 02/setembro/2010
Horário: 10h
Local: Fecomércio/SP - Rua Doutor Plínio Barreto, 285 - Bela Vista - CEP: 01313-020 - São Paulo – SP

Informações para a imprensa:
Mauro Rocha
ECCO – Escritório de Consultoria e Comunicação
Rua Dr. Geraldo Campos Moreira, 17 | 11º e 12º andares
Brooklin | São Paulo-SP |+55 | 11 | 5506-1144 | 9685-0729

E ainda :
Assessorias de Comunicação das Entidades participantes